Já faz algum tempo que não os vejo. Falarei de um casal tão sui generis que, provavelmente, no século XIV fariam um tão grande furor como eu acho que devem fazer nos dias que correm:
Um carro aproxima-se lentamente. Tão lentamente numa rua apertada que obriga o restante trânsito a apadrinhar um passo de caracol estrangeiro (visto que existe um consenso em que no estrangeiro são melhores em tudo do que nós, é de elementar justiça que os caracóis também o sejam). De repente – pára. Pai e filho saem da viatura e uma gota de suor escorre-me pela espinha abaixo (sim, já sei).
Pai - Bô dia!
Balconista – Bom dia. Então, o que desejam?
Filho – Olhe, vimos buscar o chá de lavar por baixo.
B – De lavar por baixo?
F – Sim. O chá que o senhor doutor mandou à minha mãe para ela se lavar por baixo com ele.
B – Ahh… sim, já sei. Mais alguma coisa?
P – Era um creme que não me lembra o nome…
B – Diga-me, para que efeito é?
F – É o creme de botar no cú.
B - …
P – Sim, é isso. P`rás álmerróidias.
B – Ok. É este então. É tudo?
P – É, sim senhor.
Um carro aproxima-se lentamente. Tão lentamente numa rua apertada que obriga o restante trânsito a apadrinhar um passo de caracol estrangeiro (visto que existe um consenso em que no estrangeiro são melhores em tudo do que nós, é de elementar justiça que os caracóis também o sejam). De repente – pára. Pai e filho saem da viatura e uma gota de suor escorre-me pela espinha abaixo (sim, já sei).
Pai - Bô dia!
Balconista – Bom dia. Então, o que desejam?
Filho – Olhe, vimos buscar o chá de lavar por baixo.
B – De lavar por baixo?
F – Sim. O chá que o senhor doutor mandou à minha mãe para ela se lavar por baixo com ele.
B – Ahh… sim, já sei. Mais alguma coisa?
P – Era um creme que não me lembra o nome…
B – Diga-me, para que efeito é?
F – É o creme de botar no cú.
B - …
P – Sim, é isso. P`rás álmerróidias.
B – Ok. É este então. É tudo?
P – É, sim senhor.
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