domingo, 25 de maio de 2008

Post(a)s de ridículo

Não existem muitas situações em que eu seja a parte criadora de algo verdadeiramente ridículo. Ou, infantilmente desculpável, mas persistentemente embaraçoso. Na minha infância nunca fui apanhado com as vergonhas descobertas. Nunca participei em “rodas de punheta” simplesmente porque nunca me convidaram – nem sei bem como funciona o acesso a tão restrito clube. Nunca tive um amigo que quisesse comparar o seu pénis com o meu, na tentativa de descobrir se o tamanho importa mais para ele do que para elas. Na realidade, fui criança inocente até bastante tarde e os traumas que colecciono são, pode-se dizer, mais na ordem existencialisto-religiosa-sexual (não necessariamente por esta ordem). E, por essa razão, escapando a fases de óbvia humilhação pessoal, nunca desenvolvi uma espécie de alerta mental para evitar conversas que envolvessem comparações estapafúrdias, principalmente quando essas são elaboradas por mim. Sem querer desculpar a minha atitude, confesso que só me apercebi do disparate da situação há poucas horas. Como, numa inocente conversa entre amigos, lembrei-me em comparar post(a)s (entenda-se posts) alheias às minhas, sem qualquer enquadramento racional e lógico que pudesse atestar um pouco de sanidade, conquanto temporária, na minha pessoa?

Prefiro comparar o meu órgão sexual (que, diga-se de passagem, é bastante bonito e apresentável) com um molho de urtigas em cima de uma colmeia de abelhas a ser protagonista de semelhante experiência novamente.

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