quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cahiers Du Cinema - Julho/Agosto



Procurando uma silhueta plastificada nos desejos oníricos de um amante, Louis Garrel emana uma força anímica capaz de nos colocar em suspenso à frente de uma tela, rendidos a um olhar soturno mascarado por uma beleza estranha, pacífica e descomplexada na sua forma. Dentro da película, arranca-nos sem esforço do conforto da cadeira, obrigando-nos a olhar para um espelho que fugimos constantemente por nojo ou por pudor: a nossa vida, contaminada por preconceitos e valores que carregamos como um fardo, sem tomarmos consciência que tão simples seria largar esse lastro colocado nas nossas costas por mãos alheias. Com Garrel, a sublimação é realidade.

4 coiso(s):

Anónimo disse...

São Boaventura milagroso, tu és mesmo indolente. Já te disse como hás-de fazer. Mas, para que não digas que estás sozinho e abandonado, entregue às tristes giestas da província, vou já ligar para a livraria da Cinemateca para fazer a pergunta. Depois pagas, e vai-te sair tão caro, que andarás chá um mês inteiro.

ESTALAGMITE disse...

Eu simplesmente quero ter o prazer de pagar a revista num quiosque e poder folheá-la, com um profundo sentido crítico e admirador da Sétima Arte que é o Ga... Cinema. Qualquer semelhança com a ficção é pura realidade. Além disso, que opções tenho? Comprar a Ler? Ah, ah, ah ah, ah... Ahh, rir faz bem aos pulmões.

Artur Corvelo disse...

este senhor é do mais lindo que há

ESTALAGMITE disse...

Caro Ente Lectual, permita-me corrigi-lo: este senhor é O mais lindo que há. Tanto que só me apetece bater-lhe...