Acredito que todos sentimos que, em certas alturas da nossa existência, acontecem espasmos de genuína liberdade, no seu sentido mais restrito, onde podemos tomar a decisão que nos acompanhará por largos anos. São alturas cíclicas, uma espécie de mito do eterno retorno adequado à dimensão que cada um de nós está disposto a dar-lhe. Na possibilidade de sermos diferentes procuramos o mais próximo a nós para garantirmos um conforto que forneça uma estabilidade emocional, que nos permita procurar o desconforto que nos forneça instabilidade emocional, que nos permita procurar o conforto que forneça estabilidade emocional, continuando indefenidamente... Podemos ver um círculo ou uma espiral. Podemos fechar os olhos ou agarrar na Vontade de Schopenhauer e atirá-lo borda fora, envolto no seu Véu de Maya, que é de Kant, que é de Santo Agostinho, que é de Cristo, que é de Platão, que é de Sócrates, que é de Siddhartha Gautama, que será de alguém… Ou não?
À força de existir podemos juntar todas as esferas da emoção, sentimentos armadilhados com um espinho que rasga uma ferida impossível de cicatrizar. Os humanos são das criaturas mais frágeis que existem porque pensamos no que sentimos. Conhecendo a morte, a dor e a doença porque não desesperamos? O que nos mantém, não vivos, mas com vontade de viver?
À força de existir podemos juntar todas as esferas da emoção, sentimentos armadilhados com um espinho que rasga uma ferida impossível de cicatrizar. Os humanos são das criaturas mais frágeis que existem porque pensamos no que sentimos. Conhecendo a morte, a dor e a doença porque não desesperamos? O que nos mantém, não vivos, mas com vontade de viver?
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