sábado, 13 de setembro de 2008

Biografia

Faz todo o sentido: alguém que nunca amou jamais poderá ver um filme, ler um livro ou ouvir uma música sobre o mesmo assunto e afirmar que o sentiu ou que se identificou. Por mais que me imagine na pele de Carlos da Maia ou ouça, em repetição constante, Leonard Cohen, só consigo imaginar (e imaginação é a palavra chave) uma pálida ideia do amor e do seu significado. Até hoje, posso afirmá-lo, tenho sido um hipócrita enquanto consumidor de alguma cultura. Levo-a para casa como quem carrega um saco de batatas do supermercado, cozinhando-a aos poucos sem me aperceber do seu verdadeiro valor. E, assim, continuarei.

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