Hoje acho que não acabo o dia sem passar pelo posto da GNR. Estou com uma vontade tão grande de bater em cada pessoa que passa em frente à porta da loja.
Ainda há dois minutos, ouço a conversa de alguns transeuntes que, embora parando do lado de fora, estão mesmo à minha frente. Eis o que conversaram, depois, em tom baixo para eu não ouvir:
«Gajo - (sussurrando) Olha esta loja ...(imperceptível)gnngnn mmv sdsdjv mmnsds sd... deve ter aquele chá!
Gaja - (sussurrando) Aqui? Não tem nada.
Gajo - (sussurrando) Não tem? Não tem? (Falando normalmente) Então procura "háver" se não tem!».
E foram-se embora. Gngngn mnfdd ...da-se.
Voltaram...
Desta feita, resolveram entrar.
-«Tem chá de varizela?
- Varizela? Não conheço. Deixe-me só consultar aqui neste livro se existe. Não tem outro nome?
- Não. Não sei.
- Não encontro nada. Para que efeito é?
- É para o castrol.
- Ah... Pois, para o colesterol tem este e este ou este. Agora com esse nome não vejo nenhum chá.
- Prontos, então. Muito obrigado.»
Só para esclarecer, o livro referido é o compêndio mais exaustivo de chás e plantas medicinais feito até hoje em Portugal, editado pela Fundação Calouste Gulbenkian e elaborado por um professor catedrático da faculdade de farmácia da universidade de Coimbra, uma médica e docente da faculdade de medicina da universidade de Lisboa e uma licenciada com funções de assistente na faculdade de farmácia da universidade de Coimbra (consultar informação). E, depois, numa procura pelo Google, só encontrei varicela. Nem vestígios que indiquem a existência de alguma planta com esse nome.
A vontade de bater ainda não passou.
Quem não sabe é como quem não vê. Intrigado com a história da varizela, indaguei junto da minha mãe na tentativa de descobrir um nome mais comum para a dita planta. Também sem saber o que raio é varizela, pergunta-me para que queria ele essa planta. Respondendo, em jeito de brincadeira, da mesma forma que ouvi, disse:
-«Para o castrol.
- Castrol?
- Sim, o colesterol.
-«Para o castrol.
- Castrol?
- Sim, o colesterol.
[Passados 5 segundos, acende-se uma luz por cima da cabeça da minha mãe e ouve-se um coro em pano de fundo.]
- Ó homem, o que ele queria era beringela. Deixa-se uma beringela cortada em fatias num copo de água, de um dia para o outro e, na manhã seguinte, bebe-se esse sumo em jejum. Ajuda a baixar o colesterol.»
Está resolvido o mistério. A varizela, ou melhor, a beringela serve para diminuir o castrol, quero dizer, o colesterol. No fim disto tudo, só me vem à cabeça esta anedota:
Uma mulher vai ao médico:
- Ó sr. doutor, dói-me tanto o peito.
- O peito? Deixe-me ver... Inspire, expire. De novo. Hum... Não me parece ter nada.
- Mas dói-me mesmo muito o peito, sr. doutor.
- Bom, vai fazer estes exames e depois vemos o que eles nos dizem.
Chegando a casa pergunta o marido:
- Então, mulher, o que te disse o doutor?
- Nada. Mandou-me fazer uns exames e voltar lá.
- Bom, e para o jantar, o que temos?
- Cabreito.
- Ó homem, o que ele queria era beringela. Deixa-se uma beringela cortada em fatias num copo de água, de um dia para o outro e, na manhã seguinte, bebe-se esse sumo em jejum. Ajuda a baixar o colesterol.»
Está resolvido o mistério. A varizela, ou melhor, a beringela serve para diminuir o castrol, quero dizer, o colesterol. No fim disto tudo, só me vem à cabeça esta anedota:
Uma mulher vai ao médico:
- Ó sr. doutor, dói-me tanto o peito.
- O peito? Deixe-me ver... Inspire, expire. De novo. Hum... Não me parece ter nada.
- Mas dói-me mesmo muito o peito, sr. doutor.
- Bom, vai fazer estes exames e depois vemos o que eles nos dizem.
Chegando a casa pergunta o marido:
- Então, mulher, o que te disse o doutor?
- Nada. Mandou-me fazer uns exames e voltar lá.
- Bom, e para o jantar, o que temos?
- Cabreito.
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